Onde mora minh’alma
É onde quer que eu esteja
Na rua, na casa ou numa igreja…
Porque se um dia achei que residência fixa jamais terei
Ahá, meu amigo, aí sim eu vi que me enganei.
Sempre pensei que lar fosse sinônimo de morar que fosse sinônimo de ficar que fosse sinônimo de residir
Com o tempo, fui entendendo que lar é sinônimo de estar que é sinônimo de passar que é sinônimo de existir
Lar, é onde quer que eu me encontrar.
Brasil, Canadá, Holanda, Alemanha, França, Itália e Austrália
Na casa de outra família, sozinha num cômodo, na mesma cama que uma amiga, numa casa com 10 pessoas, num quarto com ateu e muçulmano, em um conteiner, numa quitinete compartilhada, ou em grandes apartamentos
Tudo isso eu já vivi
-inclusive por longos períodos-
Mas em casa sempre me senti.
Porque não é (só) o mar que vai definir aonde meu espírito vai restar!
Mas… se a vida é feita de matéria… será que essa história de eu querer me expressar é séria?
Com que frequência pulsa a minha artéria?
Porque, sim, eu tenho o desejo, de refletir meus pensamentos, em um plano físico, material, aonde eu possa domir e acordar, sem me preocupar, se acaso eu consegui me fazer ser vista
Entendida
Lida
Com a minha identidade devidamente compreendida.
Quero botar meus gostos pra fora!
Exaltar minha visão de mundo
Meu ideal de beleza e aquilo que eu prezo como realeza.
Quero criar a minha residência.
Física!!!
Com mesa cadeira e sofá
Viver a arte do wabi-sabi e ouvir hip hop enquanto eu tomo chá.
É pra isso que eu vivo
Porque home is wherever I’m with me
so may my home be a reflex of me.